Mas há um porém.
Florianópolis viveu no final de tarde desta quarta-feira, um dos maiores congestionamentos dos últimos anos. A Avenida Gustavo Richard (acesso à ponte Colombo Salles), Via Expressa Sul (acesso ao túnel Antonieta de Barros), Beira-mar Norte (sentido Koxixos-Ponte Hercílio Luz), rua João Motta Espezim (Saco dos Limões), rua Capitão Romualdo de Barros (Carvoeira) e rua Deputado Antônio Edu Vieira (Pantanal) eram alguns dos pontos com filas intermináveis. E como eu sei isso? Simples, passei por essas ruas. As rádios veicularam informações sobre o caos durante a programação entre as 18h e 19h. Mas o problema é que o congestimento não terminou às 19h. O trânsito continuou parado por ainda mais tempo, enquanto que nas rádios o espaço era para a Voz do Brasil e não para orientações ou informações sobre vias alternativas e locais com mais ou menos engarrafamento.
E se o mote das emissoras AM é a prestação de serviço, por que não seguir o exemplo das emissoras de outras cidades e ocupar a faixa das 19h as 20h com informações sobre trânsito e utilidade pública para quem está saindo do trabalho e indo para casa? No caso da cidade de São Paulo, as principais emissoras ganharam na Justiça o direito de veicular a Voz do Brasil em outro horário ou até de suspender a veiculação (como é o caso da CBN). É uma alternativa até que a obrigatoriedade dê lugar à flexibilidade no horário da Voz do Brasil. Para os motoristas-ouvintes faria uma enorme diferença.
“A Voz do Brasil” sem ditaduraVoz do Brasil no Coluna Extra
por Eugênio Bucci, presidente da Radiobras
(publicado em 6 de março de 2006, na Folha de S.Paulo)
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