Operação Rescaldo - Coluna Extra

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Operação Rescaldo

Felipão e Portugal perderam para a França de Zidane e a maioria dos brasileiros ficou sem ter para quem torcer na final da Copa do Mundo. Ainda assim, o papelão da “seleção brasileira” no último sábado não foi bem digerido pela torcida nem pela mídia esportiva, que discute e procura explicações para o fracasso do “vencedor” Carlos Alberto Parreira e seus medalhões mascarados.

Nesse clima, o Instituto QualiBest realizou uma pesquisa entre os dias 3 e 4 de julho para saber quais as conclusões que se pode tirar do jogo do Brasil contra a França. E os resultados apontados comprovam que os torcedores assistiram a um jogo e a comissão técnica e alguns jogadores, outro. Foram realizadas 1.000 entrevistas em todo o Brasil, a partir da base de dados de pessoas que se cadastraram no site do QualiBest. Abaixo, os principais resultados da pesquisa.
- 61% dos internautas se declararam “precavidos” quando questionados a respeito das possibilidades da seleção brasileira na Copa;

- 16% dos entrevistados não acreditavam que o time poderia chegar na final da Copa tendo Parreira como técnico e a equipe que ele escalava;

- Para os entrevistados, os jogadores mais importantes do time que participou das quartas de final foram o goleiro Dida e o zagueiro Lúcio (notas 8,5 e 8,3, respectivamente), enquanto que Ronaldinho Gaúcho foi eleito como a maior decepção com nota 4,6.

- Sobre a manutenção dos jogadores na seleção, 84% dos entrevistados afirmaram que Robinho deve continuar, assim como Lúcio (73%), Cicinho, Dida e Juan. Já em relação aos jogadores que deveriam “aposentar as chuteiras” e não servir mais a seleção, o trio Cafu (87%), Roberto Carlos (73%) e Ronaldo Fenômeno (50%) aparece com destaque na pesquisa.
O Instituto QualiBest questionou os entrevistados sobre frases e opiniões de comentaristas, narradores e jornalistas sobre a desclassificação. A manchete de capa do jornal Lance! (“Faltou vestir a camisa”) obteve o maior grau de concordância dos entrevistados (90%). Em segundo lugar ficou a frase da abertura do Fantástico (“A seleção confundiu auto-estima com soberba”) com 85%. Já a frase que recebeu maior discordância (91%) foi dita por Marco Pólo Del Nero, chefe da delegação brasileira na Alemanha: “A Seleção Brasileira se despediu da Copa do Mundo de cabeça erguida”. (Cabeça erguida como fez Roberto Carlos no gol da França?)

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