Conferência Web 2.0 (post # 02) - Coluna Extra

quinta-feira, 1 de março de 2007

Conferência Web 2.0 (post # 02)

Confira a cobertura da 1ª Conferência Web 2.0, que termina hoje em São Paulo. Os textos são fornecidos pela revista TI Inside.
Web 2.0: será o fim do produtor de conteúdo? (28/03)

O principal avanço da chamada Web 2.0, cujo principal diferencial é a dinâmica colaborativa de comunidades, vai tornar obsoletos, em um futuro próximo, os produtores de conteúdo. “Quem trabalha com conteúdo caminha para tornar-se um apicultor, isto é, aquele que cuida para que a comunidade de abelhas produza bom mel”, explica o coordenador do ICQ (Instituto de Inteligência Coletiva) e professor da Universidade Federal Fluminense, Carlos Nepomuceno, durante a Primeira Conferência Web 2.0, promovida pelas revistas TELETIME, TI Inside e TELA VIVA.

Ele foi enfático ao declarar que os negócios da internet que não visualizarem a colaboração entre comunidades “tendem a afundar no rio Tietê”. “Não haverá mais ‘conteúdistas’, o grosso do conteúdo será postado pelos usuários”, afirma. Para ele, a função do gestor de conteúdo será apenas a de organizar essa massa de informações.

O diferencial do Brasil comparado a outros países é o recorde de usuários de comunidades como o Orkut e similares. “Esse diferencial pode ser usado a nosso favor, com a organização de ferramentas e portais, inclusive governamentais, que possam difundir e trabalhar informações”, destaca Nepomuceno.

Para ele, os blogs e as comunidades serão ambientes para troca de conhecimento tanto nas empresas quanto fora delas. “Os países deveriam incorporar em seus planejamentos, estruturas de redes entre seus cidadãos para competir no mundo plugado”, completa.

Software livre

Outra tendência dessa nova fase da internet é o uso de software livre e compartilhado entre comunidades, na visão do professor. Neste sentido, Nepomuceno destacou a iniciativa do ICQ (Instituto de Inteligência Coletiva), do qual é coordenador, que disponibiliza, via web, o Icox, uma ferramenta gratuita para gerir comunidades, desenvolvida por um pool de empresas e que já teve aporte de R$ 500 mil. Fazem parte do pool o InfoGlobo, Canal Futura, Faperj e Fundação Carlos Chagas, que têm assento no board de desenvolvimento e são usuários da ferramenta.

“Independentemente disso, o sistema está disponível gratuitamente na web. As empresas que participam do desenvolvimento detêm o código-fonte do programa, podendo modificá-lo de acordo com suas necessidades”, diz Nepomuceno.
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