O Vitor teve que cumprir uma tarefa diferente para a aula desta sexta-feira.
- Pai, tenho que levar um objeto antigo pra escola. E vou lá na frente falar do objeto, contar alguma história sobre ele para a turma adivinhar o que é. Tens algum objeto antigo na tua casa?
Fiquei pensando. Olhei para o lado e vi minha máquina de escrever (aquela verde da Olivetti, pequena e prática para transportar, tipo maleta). Não, não pode ser. Vai ficar fácil de adivinhar. Lembrei dos meus times de futebol de botão, alguns bem antigos, mas sem nenhuma história especial para contar.
A solução para a tarefa do Vitor estava ali, ao lado do computador: meus discos de vinil. Lembrei de um compacto com data de produção de 1960, com os quatro grandes sucessos da Celly Campello. Uma verdadeira raridade. O Vitor gostou da idéia. Falei como tinha conseguido aquele disco, que discos naquele formato não são mais fabricados (se não me engano a última fábrica que existia no Brasil fechou esse ano) e também sobre quem foi Celly Campello e o que aquelas músicas significaram para a música jovem brasileira.
Pronto. Tarefa cumprida. Só fiquei pensando que o objeto, o formato, o produto, que ainda uso, seja ultrapassado para a geração do meu filho, que vive teclando no messenger, trocando mp3, queimando CD-R... Me sinto mais maduro depois dessa. :))))
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