- Eu prefiro as duas porque eu acho que as pessoas precisam ser bilingües.
Sensacional. Na hora, lembrei de dois poemas de Oswald de Andrade que li na época de estudante no Instituto Estadual de Educação. Em ambos, Oswald compara a linguagem culta com a linguagem popular. Na época, sem internet, achei muito bacana pensar que mais importante do que escrever como manda a norma culta era se fazer compreender. Hoje, “tento” escrever certinho, mas compreendo quando teclo com meu filho no MSN Messenger e ele me bombardeia de “naum”, “blz”, “axo”, “pq”, “tb”, “aeee”... Com vocês, a poesia de Oswald de Andrade.
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
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