Não poderia ter sido melhor o show Acústico do Ira! no teatro do CIC, em Florianópolis, nesta quinta-feira (24): rock´n´roll!!! Isso mesmo. Edgard Scandurra, o melhor guitarrista brasileiro, não precisa de guitarra para levar a platéia ao delírio com seus solos e improvisos ao violão. E sobra até mais espaço para as perfomances de Nasi (voz), André Jung (bateria), Ricardo Gaspa (baixo) e dos músicos convidados. O show seguiu o repertório do show-programa-CD-DVD, com picos de participação da platéia em diversos momentos do show.
O teatro estava lotado (tanto que rolou um show extra às 23h30min). Na platéia, velhos e novos fãs - novos mesmo, diria, seja pelo nível de conhecimento das músicas, seja pela idade. Exemplo? Durante “Envelheço na cidade”, um dos pontos altos do show, Nasi chamou ao palco um moleque de mais ou menos 10 anos que estava na primeira fila. E o moleque foi ao microfone berrar o refrão da música. Um moleque de 10 anos, cantando o refrão que diz “envelheço na cidade” de uma música com mais de 20 anos de existência!
Muitos dos fãs mais antigos podem até torcem o nariz para a chegada de novos admiradores, como o moleque do show de hoje. É natural. “Coisa de fã”. E essa conversa de renovação do público que acompanha as resenhas sobre acústicos é até repetitiva. Mas no caso do Ira! é mais do que providencial porque mais do que renovar o público, o sucesso do Acústico coloca a banda num patamar merecido desde, pelo menos, o segundo disco. Quem sabe agora, com mais gente conhecendo o Ira!, as pessoas (críticos e afins) reconheçam que dizer que apenas Cazuza e Renato Russo são os poetas da geração dos anos 80 é subestimar o talento de Edgard Scandurra também como letrista. O que o Ira! canta fazia sentido nos meus 15 e faz ainda mais sentido nos meus 32 anos.
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