Amanhã, 8h da manhã, tenho um compromisso inadiável: levar meu filho para a primeira rodada do torneio de futsal disputado entre os colégios católicos da Grande Florianópolis. Como pai e peladeiro, é sempre um grande prazer ver meu filho convocado para o time da escola, ser capitão do time em alguns jogos, marcar gols bonitos, ajudar o time dele a vencer. Sim, eu visto a camisa da corujice. Mas, quando se compete, também tem o outro lado, o lado da derrota, dos passes errados, das chances perdidas... E nessas horas, acompanhando meu filho nos campeonatos, vejo o quanto muitos pais ultrapassam todos os limites, extrapolam frustrações, quem sabe, em cima do pobre gatoro, que, teoricamente, só tem o compromisso de jogar bola e se divertir com os amigos.
Já vi pai descer a arquibancada em disparada e chegar na lateral da quadra e esbravejar - em termos pesados - com o filho por causa de um gol perdido. Vergonhoso. Nesse torneio entre colégios católicos, no ano passado, os pais dos alunos de um dos colégios participante simplesmente não deixavam o técnico orientar o time. Um grupo com uns cinco pais ficou o tempo todo ao lado do banco de reserva cobrando dos “atletas”. Não por acaso, um dos meninos desse colégio, aparentemente o craque do time e o mais cobrado pelo pai-torcedor, passou também do limite: entrou com maldade em vários lances e na entrega da premiação ainda deu um tapa no colega da outra escola que foi cumprimentá-lo.
Não vejo necessidade de um comportamento desse tipo, muitas vezes agressivo com o próprio filho. E, como diz o título deste post, basta ser pai e saber participar. Já será uma vitória.
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