Afinado com “Me and Mr. Johnson”, disco de Eric Clapton!
Cray em Florianópolis
Em turnê pelo Brasil, Robert Cray, um dos grandes nomes do blues contemporâneo, toca no Centro de Convenções Centro Sul, em Florianópolis, na próxima sexta-feira (25). Para quem não lembra, o maior sucesso de Cray por aqui é “Nothin’ but a woman”, que além de tocar bastante nas rádios também foi trilha de uma campanha publicitária de uma marca de automóveis. Esse não é apenas o maior sucesso, mas também o “cartão de visitas” do estilo de Cray, que parte do blues e agrega pinceladas de soul e rhythm’n’blues. Os ingressos começam a ser vendidos na segunda-feira (21) nas lojas Bárbara K, Globovel e Globo Renault e custam R$ 120,00 (R$ 60,00 para quem doar um brinquedo). Além de Florianópolis, Cray se apresenta também em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
Há 69 anos...
A turnê de Robert Cray pelo Brasil acontece na mesma semana quando há 69 anos, Robert Jonhson, o mestre de todos os blueseiros, fazia as três primeiras de suas únicas cinco sessões de gravação. A primeira sessão aconteceu no dia 23 de novembro de 1936, num quarto do Gunter Hotel, em San Antonio, no Texas. A segunda, no dia 26, e a terceira, no dia 27. As outras duas sessões só ocorreram em junho de 1937. No total, ele gravou apenas 29 músicas. Com Johnson, nasceu também a mística em torno do blues, com a lenda de que ele havia vendido a alma ao diabo em troca da habilidade para tocar. Para muitos, “Crossroad Blues”, seu maior clássico, seria a prova da existência do tal pacto. Johnson morreu em 1938, aos 27 anos, supostamente envenanado por um marido ciumento. No ano passado, Eric Clapton prestou uma homenagem ao ídolo com o disco Me and Mr. Johnson, no qual regravou 14 das 29 músicas de Johnson. O CD rendeu também um DVD que mostra Clapton nos locais onde o bluesman fez suas gravações. O mito em torno de Robert Johnson rendeu ainda um filme, Crossroad (no Brasil, A Encruzilhada), onde o ponto de partida da história é a existência de uma trigésima gravação do bluesman.
Pearl Jam e a vaca roxa
No livro Vaca Roxa, o guru do marketing Seth Godin apresenta uma série de exemplos para comprovar sua tese de que ser uma “vaca roxa”, ou seja, ser notável em meio ao senso comum, é a estratégia de marketing mais eficiente no momento. E o que o Pearl Jam tem a ver com a “vaca roxa”? Tudo, porque para Godin o Pearl Jam é a “vaca roxa” entre as bandas de rock desde que, em 2000, lançou 72 discos ao vivo, com registros de shows realizados na Europa e nos Estados Unidos. Agora, com a proximidade da turnê pelo Brasil, o Pearl Jam anuncia que as gravações (aúdio) dos shows estarão disponíveis no site da banda para download por US$ 9,99, dentro do projeto-estratégia Digital Download Bootleg Series. A promessa é de que o download esteja disponível poucos horas após o encerramento de cada show. É ou não é coisa de uma legítima “vaca roxa”? (O Pearl Jam se apresenta no dia 28 em Porto Alegre, no dia 30 em Curitiba, nos dias 2 e 3 em São Paulo e no dia 4 no Rio de Janeiro).
2006 promete
Além da tão aguardada turnê do Pearl Jam, a agenda de shows internacionais em 2005 fez a alegria dos fãs brasileiras com as apresentações de artistas como White Stripes, Strokes, Elvis Costello, Television, entre outros. E ainda tem o Claro que é rock, que acontece esta semana (sábado, dia 26, em São Paulo, e domingo, dia 27, no Rio de Janeiro) com a participação de nomes como Sonic Youth, Flaming Lips e do lendário Iggy Pop and the Stooges. Para 2006, a empolgação dos fãs não deve ser diferente. Além dos Rolling Stones (com show ao ar livre confirmado para fevereiro no Rio de Janeiro), especula-se a vinda do U2, de Bob Dylan, do Oasis e Foo Fighters.
Stones ao ar livre
No quesito show ao ar livre, a banda de Mick Jagger e Keith Richards já entrou para a história. Em 1969, eles reuniram 250 mil pessoas no Hyde Park, em Londres, dois dias depois da morte do guitarrista da Brian Jones, membro-fundador da banda. O show está disponível em DVD e inclui também algumas tomadas nos bastidores. Com sorte, é possível encontrar o DVD até em balaios de lojas de departamento por um preço camarada.
A vez do Mombojó
Uma das boas revelações da cena pernambucana, a banda Mombojó é a mais nova contratação da gravadora Trama. E já está em estúdio preparando a gravação do seu segundo disco (o primeiro, Nada de novo, saiu de forma independente em 2004). Além das afinidades ideológicas com os precursores do mangue beat (Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livre S/A), o Mombojó segue também a proposta da mistura de elementos variados do popular ao “moderno”.
Das telas para o disco
Você já assistiu Be Cool - O outro nome do jogo, que mostra John Travolta, Uma Thurman e Harvey Keitel envolvidos com as mazelas da indústria da música? Se viu, deve lembrar do trecho onde é mostrado um show do brasileiro Sérgio Mendes ao lado da banda Black Eyed Peas (que está nas paradas com a música “Dont’t lie”). Pois a cena saiu das telas para o estúdio: o novo disco de Mendes, radicado nos Estados Unidos desde a explosão da bossa nova por lá, tem a produção de Will I Am, vocalista e mentor do Black Eyed Peas. E a exemplo do expediente usado por Santana, em Timeless Sérgio Mendes também contará com participações especiais como Stevie Wonder, Erykah Badu, do próprio Black Eyed Peas, entre outros. O disco sai em fevereiro nos Estados Unidos.
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Redação e edição: Alexandre Gonçalves
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