1994, a Copa que não acabou - Coluna Extra

terça-feira, 13 de junho de 2006

1994, a Copa que não acabou

E lá vamos nós outra vez: tal e qual na Copa dos Estados Unidos, somos 180 milhões de reféns do estilo Parreira. Não é exagero e nem é só por causa da minguada vitória de 1 a 0 sobre a Croácia na estréia na Copa do Mundo da Alemanha. É pela falta de percepção e de agilidade do técnico para mudar a Seleção e mexer com o jogo. A permanência de Ronaldo em campo é a maior prova disso. Por que mantê-lo se estava visivelmente fora de sintonia desde o início, sem conseguir dominar nem segurar a bola no ataque? Ao demorar por substituir Ronaldo, Parreira perdeu a grande chance de facilitar a vida da defesa e do meio-campo brasileiro. Com Robinho ou com Juninho Pernambucano no lugar do “Fenômeno”, Kaká e Ronaldinho Gaúcho teriam maiores opções de tabela e de mobilidade na frente.

A desculpa de que “Ronaldo é Ronaldo” e que pode decidir a partida num lance não serve para esta Copa. Servia em 2002 quando os atacantes reservas eram Luizão, Edílson e Denílson. Mas desta vez é diferente. Os reservas são tão bons ou até melhores que Ronaldo, como Robinho e Fred, sem contar a opção de colocar o Pernambucano no meio e adiantar Ronaldinho ou Kaká para o ataque. Pior de tudo é que Parreira, com sua teimosia “vendida” por muitos comentaristas como coerência, acabou de dizer na coletiva que Ronaldo vai começar jogando contra a Austrália.

De bom, além dos três pontos, o jogo contra a Croácia serviu para comprovar a importância de Kaká para a Seleção Brasileira. Além de marcar o gol, o meia do Milan em diversos momentos apareceu até como lateral-direito na cobertura de Cafu. Ronaldinho Gaúcho também mostrou disposição, partiu pra cima, chamou o jogo e fez algumas jogadas e lançamentos bem intencionados para um ataque pouco inspirado (não bastasse Ronaldo em versão “unplugged”, Adriano perdeu uma chance na cara do gol e no geral não se colocou bem em nenhum momento da partida). E ainda que Roberto Carlos tenha aparecido bem em alguns momentos, o Brasil jogou pouco pelos lados do campo, uma estratégia essencial quando os jogadores de meio-campo sofrem uma marcação mais acirrada. Será diferente diante da Austrália (domingo, 13h)?

A teoria do Frank

Um comentário:

  1. Anônimo2:52 PM

    eu em, mais sem graça!!!
    Mintira, legaaalllll

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