<i>Go, Chuck, Go</i> - Coluna Extra

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Go, Chuck, Go

Dizer que Chuck Berry é apenas um dos pioneiros do rock nos anos 50 é desmerecer toda a contribuição dada por ele ao estilo, especialmente pelos riffs que tirou (e eternizou) de sua guitarra. Não por acaso, John Lennon disse certa vez que se alguém quisesse dar outro nome ao rock’n’roll deveria chamá-lo de “Chuck Berry”. E hoje, 18 de outubro, o criador de clássicos como “Johnny B. Goode”, “Roll over Beethoven”, “Rock and roll music”, entre outras, completa 80 anos com um show em Saint Louis, sua cidade-natal.

Para homenagear o Sr. Rock’n’Roll, selecionei alguns trechos da entrevista concedida por ele ao jornalista Bill Flanagan e publicada no livro Dentro do Rock (uma espécie de “Bíblia” onde grandes compositores contam como criaram suas principais músicas e que foi editado no Brasil em 1986). Difícil não reparar na sinceridade e no tom meio debochado das respostas (traços de uma personalidade que já o meteu até em encrencas com a lei).
Inspiração para compor
“Eu compomho para o meu sustento. Faço canções para vender. É o que todo mundo faz, mas não diz.”
Deus e o Diabo
“Venho de uma família religiosa e diziam: “não quero você cantando música do diabo!’. Mas quando o meu primeiro disco fez sucesso e os 800 dólares pintaram, todo mundo disse amém.”
Sobre o riff “chuckberriano”
“Esse riff é o resultado de muitas idéias que me influenciaram. Alguém sempre me influencia. Tudo vem de alguém. Estes anos todos, cara, eu venho surripiando coisas.”
Cobranças para criar mais “Johnny B. Goode”
“Se essa música é uma prisão, por favor me arranjem outras!”
O site oficial de Chuck Berry é uma visita mais do que recomendada. O endereço é www.chuckberry.com.

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