Notícia ruim - Coluna Extra

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Notícia ruim

No post sobre a palestra de Aleksandar Madic, fiz um comentário elogioso ao Curso de Jornalismo da UFSC pela promoção do evento. Mas agora há pouco fui no blog da minha amiga Adriane Canan e encontrei lá uma lamentável notícia envolvendo o mesmo Curso de Jornalismo: o fim do projeto Universidade Aberta. O projeto nasceu há quinze anos como programa de rádio e evoluiu até virar um site de notícias e ganhar uma rádio própria com transmissão pela internet.

Assim como a Adri, fui bolsista do projeto e durante um ano exerci a função de editor do programa de rádio com as principais notícias da UFSC, produzido por alunos do curso e veiculado diariamente na extinta União FM, em Florianópolis. Saí do projeto direto para a Editora Empreendedor, em julho de 1994. E até hoje considero a experiência no Universidade Aberta como fundamental para que eu desenvolvesse uma carreira como editor. Aprendi muito no projeto e devo muito do que sei sobre edição ao convívio com a professora-supervisora, Valci Zuculoto, que criou o Universidade Aberta ao lado do professor Eduardo Meditsch.

A Adri acertou na mosca: o Universidade Aberta é uma dessas coisas que ficam para sempre. E nesse clima, sugiro a leitura do artigo escrito pela Valci e pelo Meditsch e publicado no site do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina. No artigo, eles contam detalhes sobre o lamentável fim do projeto.
Últimas notícias do Unaberta
por Valci Zuculoto e Eduardo Meditsch
Depoimentos de ex-bolsistas

“Fui uma das primeiras bolsistas do Universidade Aberta, lá no início dos anos 90. Foi uma experiência linda e importante para toda a minha vida profissional até agora. Lamento o fim do projeto. Lamento muito. Todos os que fizeram parte desta história, com certeza, sabem que o UA é daquelas coisas que ficam para sempre em nossos corações e mentes. Sementes foram plantadas, queridos professores! A luta continua!” (Adriane Canan)

“Que notícia triste. Saber que um projeto exitoso foi esvaziado por causas mal explicadas é muito ruim. Como produtora e apresentadora que fui dos primeiros programas do Universidade Aberta, sinto-me decepcionada com o jeito como as coisas foram ocorrendo. Como disseram os meus mestres Valci e Meditsch, os 500 jornalistas que passaram pelo projeto o tiveram como importante alicerce. Aprendemos muito, com certeza, transmitindo até ao vivo eleições para reitor e eventos do Campus. Sinto pelos estudantes que ainda estão no curso e os que virão...” (Sara Caprario)

“Entrei no curso em 99 e logo no segundo semestre assumi a edição do site do UA. Participei do novo design, da cobertura da greve de 2000, fiz o site do Vestibular 2002, ajudei a programar o site em 2001 para que a atualização das notícias fosse automatizada. Devo quase tudo o que sei ao (professor Luiz Alberto) Scotto, ao Pedro Valente e ao Zé Lacerda. De todos os projetos que passei, talvez o que mais me orgulho seja o UA. Minha formação não seria a mesma se não tivesse passado pelo projeto.” (Marcos Piangers)

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