De tudo o que já se disse a respeito do Twitter nos últimos meses, faltou dizer que o site também tem servido para a criação de micropolêmicas envolvendo os próprios usuários numa troca de tweets sem fim. Nos últimos dias, as twittipicuinhas estiveram (e ainda estão) em alta. Na carona da reportagem de capa da revista Época desta semana, que “apresenta” o Twitter à sociedade, muitos twitters postaram sobre seu “medo” de ver o site se transformar no Orkut, a partir de uma “invasão” em massa de usuários do “famoso site de relacionamento” do Google. Alguns dos comentários foram extremamente preconceituosos, elitistas e mimados (naquela base do “se tocar na rádio não presta”).
Como escrevi no próprio Twitter, eu particularmente não tenho medo de nenhuma invasão de “orkuteiros” até porque as características dos sites são muito diferentes. Ou seja, o usuário que chega ao Twitter querendo agir como age no Orkut, com pedidos de “add” em massa e outros cacoetes, não vai se “criar” na casa nova. No Twitter, há muito mais critério para seguir outro usuário. E passa longe de querer aumentar o número de usuários na sua lista de amigos, ops, seguidores. Tem muito mais a ver com afinidade e interesse em compartilhar idéias. Se rolar uma “invasão”, basta ser criterioso para seguir ou não quem segue você.
Ontem, uma nova micropolêmica surgiu com a notícia de que o blogueiro e apresentador do CQC, Marcelo Tas, havia fechado contrato com a Telefônica para postar 20 tweets patrocinados pela hastag #xtreme, um novo serviço de banda larga oferecido pela companhia. Saiu até no Wall Street Journal e antes mesmo do próprio Tas se manifestar a respeito, surgiram posts no Twitter qualificando a ação como um #twitterdealuguel e pregando uma “campanha” para que os usuários parassem de seguir o “vendido Tas”. Mais tarde, ele detalhou seu acerto com a Telefônica. E o que o Tas escreveu, na minha opinião, foi o suficiente. Reproduzo abaixo:
1) No último dia 10 de Março, a Telefônica lançou um novo serviço de banda ultra larga por fibra ótica chamado Xtreme.
2) O lançamento aconteceu dentro do YouPix, evento realizado na Gafanhoto, em São Paulo, num encontro entre alguns dos principais blogueiros do país, entre eles, este que vos tecla.
3) Fui contratado pela agência iThink, responsável pelo lançamento, para apresentar um filme que mostra como funciona o serviço. O filme foi exibido no encontro da Gafanhoto. Será veiculado exclusivamente na internet. A campanha publicitária não inclui TV, nem jornal, nem revista.
4) Faz parte do meu contrato com a Telefônica, um pequeno banner e dicas no twitter de videos apropriados para quem tem banda larga em casa ou no escritório. Para deixar transparente para o internauta este conteúdo editorial diferenciado, tais posts serão indicados com a tag #xtreme.
5) Este, ou qualquer outro, conteúdo editorial publicado no meu twitter continua de minha inteira responsabilidade. A Telefônica ou a agência iThink não tem absolutamente qualquer ingerência sobre o que eu decidir publicar.
6) Finalmente: não tenho obrigação de “falar bem”, “vender” ou mesmo fazer qualquer menção ao serviço da Telefônica.
7) Trabalho e sou remunerado pelo meu trabalho desde os 15 anos de idade. Ainda não encontrei outra forma melhor de ganhar a vida a não ser essa de trocar o meu farto suor e relativo talento por algum dinheiro. Quem se importar com isso, não precisa me seguir. Afinal, não sou novela, ok?
Assim como são criados n aplicativos a partir do Twitter, por que não pensar e colocar prática outras n possibilidades de uso do site, incluindo ações comerciais, patrocinadas como a do #xtreme? Se está claro que é patrocinado, como no caso do Tas, que mal há?
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Oi Alexandre, excelente artigo. Também não me assusta a questão da invasão. Quando alguém me adiciona vou lá do perfil dele dar uma olhada. A primeira coisa que me afasta é 0 updates ou um número extremamente desequilibrado de following e followers. Existem exceções, lógico. Mas acredito que tudo é uma questão de filtro natural e bom uso. Fez tudo errado vai ser excluído naturalmente. Abs, Cris
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