Não consigo rir do presente de minha primeira escola de jornalismo. O Estado faliu há poucos anos, depois de mais de nove décadas de circulação e, nesta semana, recebo um retrato cruel do meu passado. A sede do prédio foi totalmente depredada, o arquivo fotográfico, testemunha da história catarinense, jogado ao chão, junto a ratos, baratas e infiltrações. O arquivo de jornais dilacerado sobre as cadeiras que sentei. Tudo de pernas para o ar. Agregado a cena, enxerguei o vulto abatido daquele menino encrenqueiro que durante cinco anos escreveu, lá, suas primeiras linhas.Leia o post Um retrato cruel do meu passado.
O assunto também foi tratado pelo jornalista Moacir Pereira, em sua coluna no Diário Catarinense de hoje. Moacir, que durante muitos anos escreveu para O Estado, além de expor sua tristeza com o fato, escreve que o prédio do mais antigo diário de Santa Catarina foi arrematado em leilão da Justiça do Trabalho. “Além da irresponsabilidade, da omissão lamentável e do gesto insensível do antigo proprietário, para dizer o mínimo, também não dá para entender a decisão do arrematador, se é que já se apropriou do imóvel. Tinha ouro em pó, joias preciosas da memória catarinense, e ignorou-as completamente”, escreve.
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