O ano foi de “Rock’n’Roll” e “Iê-Iê-Iê” - Coluna Extra

domingo, 20 de dezembro de 2009

O ano foi de “Rock’n’Roll” e “Iê-Iê-Iê”

Já era para este post sobre os dois discos que mais gostei em 2009 ter sido publicado há mais ou menos duas semanas. E por um simples motivo a publicação foi sendo adiada: todas as vezes que abria o Blogger com o propósito de finalizá-lo e publicá-lo, inevitavelmente começava a ouvir as músicas dos discos. E uma coisa levava a outra: em vez de continuar escrevendo, pegava o violão para “acompanhar” o Rock’n’Roll de Erasmo Carlos ou o Iê-Iê-Iê de Arnaldo Antunes.

Não é só por causa da semelhança conceitual dos discos, evidenciada pelos títulos, que coloco Rock’n’Roll e Iê-Iê-Iê no topo da minha lista de melhores de 2009. Mas sim porque são discos surpreendentes. Ou você não espera que um artista com o currículo do Erasmo Carlos lance coletâneas, celebrações da Jovem Guarda? Ou que Arnaldo Antunes siga a trilha tribalista-concretista? Eles se reinventaram em discos muito bem produzidos, com músicos de primeira linha e, sobretudo, com canções bem resolvidas, ótimas letras e bem arranjadas.

Mesmo não sendo um profundo conhecedor do trabalho-solo de Arnaldo Antunes, eu me arrisco a dizer que Iê-Iê-Iê reúne suas melhores músicas desde os tempos de Titãs. É praticamente 100% de aproveitamento, coisa rara em tempos de consumo fast food de musica, onde um disco com 10, 12 músicas é lançado por causa de duas, três, no máximo quatro músicas realmente boas.

No disco de Erasmo, sobre o qual escrevi na época do lançamento, não é diferente. O Tremendão arriscou e acertou na mosca em canções como “Olhar de Mangá”, um grande declaração de amor de Erasmo Carlos para as mulheres com “olhos de pidona” (a melhor do disco), que você ouve no player abaixo, seguida por “O invejoso”, um tratado em clima brega/calipso de Arnaldo Antunes. Para ouvir os discos acesse www.erasmocarlos.com.br e www.arnaldoantures.com.br.


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