Papo rock - Coluna Extra

sábado, 8 de setembro de 2012

Papo rock

Publique no Facebook o clipe da música “Buddy Holly”, da banda Weezer, em homenagem ao aniversariante de ontem, Buddy Holly.



O post rendeu uma troca de comentários bacanas sobre os primórdios do rock entre o professor de jornalismo da UFSC e ex-crítico musical Ricardo Barreto e o músico Rodrigo Kothe. A conversa, que reproduzo abaixo, começou com Barreto destacando sua preferência por outro grande nome da primeira geração do rock.

Ricardo Barreto - Mas o rei pra mim é Gene Vincent.

Alexadre Gonçalves - De todos os caras daquela época, musicalmete vejo o Buddy Holly como o mais influente até hoje. A guitarra dele está nas bandas indie como o próprio Weezer. Mas gosto do Gene Vincent também (curiosamente, daquela turma só tenho discos do Buddy, do Gene, do Chuck Berry e do Johnny Cash). Essa é a minha preferida do Gene depois de “Be-bop-a-lula”:



Ricardo Barreto - Sobre Buddy Holly sou uma nulidade. Mas já que gostas do Vincent, noto homenagem de Jeff Beck ao rockabilly que ele fazia em dois discos que gosto muito: Jeff Beck and the Big Town Playboys (18 faixas) e, um que pesquei numa loja boa, importado claro, Jeff Beck Rock'n'roll Party, em que homenageia Les Paul e tem a delícia de Imelda May (voz e beleza) e Brian Setzer (outro ás), entre outros. Quando quero me animar boto pra rolar (abaixo, Jeff Beck Rock'n'roll Party completo para ver, ouvir e se animar).



Rodrigo Kothe - Buddy Holly, o primeiro gênio branco do rock. Sem Buddy Holly não haveria Beatles como conhecemos.







Ricardo Barreto - Eles gostavam dele, é certo. Mas também do Eddie Cochran.

Rodrigo Kothe - Buddy Holly foi mais influente porque compunha seu próprio material, coisa rara naqueles tempos. E os Crickets foram influentes no formato de banda, duas guitarras baixo e bateria, num tempo em que praticamente toda banda de rock tinha que ter saxofone.



Ricardo Barreto - O que era muito bom. Sax incendeia um rock como no meu bom e velho Garotos da Rua. E a maioria deles também era guitarrista/músico, compositor e não só vocalista/cantor. Logo, a coisa adensa.

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