Este ano escrevi pouco sobre futebol e sobre o meu time, o Avaí, aqui no Coluna Extra. O motivo para isso é simples: saco cheio de como as coisas são feitas no futebol, em especial no time do qual sou torcedor e sócio. Ou melhor, locotário de cadeira, porque se fosse sócio teria direito a voz e voto, como diz o outro.
Mas hoje entro em campo aqui no Coluna Extra por um motivo muito especial. Logo mais, às 16h, na Ressacada, o Avaí enfrenta o Criciúma pela última rodada da série B. O jogo pode dar o título da série B ao time do Sul do estado e para o Avaí, o que deveria ser uma despedida melancólica pela quantidade de erros cometidos pela diretoria, foi convertido pela torcida - PELA TORCIDA - em um jogo de festa. Um jogo de muito obrigado para atacante Evando, que irá pendurar as chuteiras.
Evando jogou pouco mais de 100 jogos pela Avaí. Mostrou ser um jogador dedicado ao clube, apesar de algumas saídas meio que forçadas sempre com aquela conversa que mistura religião, futebol e negócios. Deus quis que ele fosse para o Fluminense, Santos, mas jogar mesmo só jogou no Avaí - para nossa alegria. Sim, porque ele entrou para a história por ter sido o autor do gol de acesso à serie B em 2008, gol marcado no dia 11 de novembro, contra o Brasiliense, na Ressacada.
E este foi um dia muito especial para toda a torcida do Avaí. E eu tive um motivo a mais para ficar contente com o gol e com o acesso. Aproveitei aquele jogo do dia 11 de novembro de 2008 para testar aqui no Coluna Extra o Gengibre, uma ferramenta de áudio - um Twitter falado - que havia sido lançada na época pelo ex-VJ da MTV, Cazé
Peçanha.
Com o Gengibre, fiz a cobertura/narração desde a ida até o apito final do árbitro. A operação era simples. Estava com meu número de celular cadastro no Gengibre e para publicar meus boletins, ligava para o número do serviço, ouvia a gravação e dava o comando de enviar para meu playlist. Custo de uma ligação. Foram 11 aliviadas na garanta que registram um pouco do que foi aquele momento histórico.
Foi um desafio. Muita gente no estádio, muito barulho e eu mal ouvia minha voz ou as instruções para gravar e enviar o boletim. A ferramenta funcionou bem e o tom da cobertura/narração - voz do torcedor que por acaso é jornalista - mereceu elogios dos colega e do próprio dono Gengibre.
O mais gratificante é está lá registrado um momento importante na história do meu time, que é parte importante na minha vida desde que me entendo por gente. Para o Evando, mas também para os torcedores do Avaí, em especial meu pai e meu filho, republico abaixo o playlist com todos os boletins que fiz no jogo do acesso. Que refresque a memória de alguns para que nunca esquecem de que time de futebol tem um único dono: a torcida.
Clique em playlist para ver a lista das gravações. Clique em play para ouvi-las.
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