A condição humana de Guilherme Arantes - Coluna Extra

sábado, 18 de maio de 2013

A condição humana de Guilherme Arantes

Taí um dos grandes baratos para quem, como eu, gosta de música: descobrir, redescobrir ou, mais do que isso, compreender melhor a obra de um músico que você dava pouca ou nenhuma atenção quando mais novo. Posso citar Zé Rodrix, Zé Ramalho, Lô Borges, Erasmo... Leva um tempo, mas motivado por regravações de novos artistas, reaparições na mídia ou novos lançamentos, a gente recupera o tempo perdido.

E nesse momento, Guilherme Arantes é a bola da vez agora que ele lançou Condição humana, seu disco de inéditas em. Ainda que "Meu mundo e nada mais" seja uma das minhas músicas preferidas, lá nos anos 80, sempre tive dificuldade de encaixar Guilherme nas minhas playlists. Não era um nome que frequentava minhas fitas cassete. A dificuldade vinha do fato de não compreender ao certo onde ele estava: no pop ou na MPB?

A confusão talvez tenha surgido pelo fato de artistas como Elis Regina e Maria Bethânia terem gravado músicas dele ("Aprendendo a jogar" e "Brincar de viver", respectivamente). Ao mesmo tempo, além de baladas como "Meu mundo...", ele lançava coisas como "Deixa chover" ou "Lance legal", que o aproximavam, por exemplo, da música que Rita Lee fazia.

Mas hoje, ouvindo as músicas novas, as músicas antigas e assistindo entrevistas como a que ele concedeu para a MTV (assista abaixo), é impossível não reconhecer Guilherme Arantes como um compositor impecável, inquieto, criativo e caprichoso ao extremo também nos arranjos. É pop, é rock, é folk, é MPB... Está no pen-drive, certamente.

Se quiser embarcar nessa viagem ao planeta Guilherme Arantes comece assistindo a entrevista que ele deu para a MTV. Vai ajudar a entender a concepção de Condição humana (Sobre o tempo), que está logo abaixo, completo para ouvir.



Ouça Condição humana.



E para ouvir toda a obra de Guilherme, acesso o canal que ele mantém no SoundCloud: www.soundcloud.com/guilhermearantesoficial. Está tudo lá. Do disco da banda dele nos anos 70 (a Moto Perpértuo) aos compactos lançados no início dos anos 80.

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