7 notas # 11 - Coluna Extra

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

7 notas # 11

Afinado com “A bigger bang”, dos Rolling Stones!

As pedras rolam (e não criam musgo, mesmo!)
O novo disco dos Rolling Stones pede uma experiência: primeiro, coloque para tocar a coletânea Forty Lips, com os maiores clássicos da banda. Ouça os dois discos. Na seqüência, coloque A bigger bang, o novo, no CD player. E o que fica acontece? Uma explosão, como sugere o título? De certo forma, sim, uma explosão que espalha ao longo das 16 faixas do disco um pouco de tudo o que banda já produziu: os rocks com grandes riffs, a influência do blues americano, as pitadas country-rock e as baladas, sim, as baladas (“Street of love” não faz feio perto de “Beast of burden” e “Wild horses”, por exemplo). No fim das contas, é “só” Rolling Stones. E você vai gostar.

Stones na nova Bizz
Os Stones, a propósito, vão estar na capa da nova Bizz. Previsto para agosto, o relaçamento da edição mensal da principal revista de música brasileira, precidido por edições especiais sobre a história do rock, acabou sendo protelado para o dia 15 deste mês.

A nova “sacada”
Se você pensou que “Festa no apê” havia sido o ápice na carreira de Latino, prepare-se: vem aí “Maria Gasolina”, que tira uma casquinha de “Gasolina”, de Daddy Yankee, sucesso em todas as rádios do mundo e que colocou nas paradas o reggaeton, uma espécie de rap porto-riquenho. Diz Latino, que seu próximo disco vai surpreender pelo reggaeton e pelas letras...

Novos adultos
Os irmãos Hanson sumiram depois do estrondoso sucesso inicial. Ficaram de molho e retornaram em 2005. A estratégia do trio, ao que parece, é mostrar que estão distantes das chamadas “boy bands” e que agora são “jovens-adultos”. Não deve ser por acaso que no disco que estão lançando, Live and Electric, eles regravaram U2 (“In a little while”) e - pasmem! - Radiohead (“Optimistic”). Se vai dar certo ou não, ninguém sabe. Mas eles certamente subirão de estágio: em vez de disputar mercado com Backstreet Boys e outras do gênero, os Hanson vão rivalizar com bandas como Maroon 5.

Totonho de volta
Uma das boas descobertas da gravadora Trama, Totonho e os Cabras prepare-se para lançar o segundo disco, Sabotador de Satélites. Ele mantém a mescla de ritmos tradicionais nordestinos com funk, hip hop e música eletrônica (quem viu o show dele no Projeto Pixinguinha no ano passado pôde comprovar o resultado da mistura). A música de trabalho, “Argemira”, está disponível para download no site da Trama. A produção do disco é de Carlos Eduardo Miranda, Berna e Kassin (este último produtor do Los Hermanos).

Encontro de independentes
A ABMI (Associação Brasileira da Música Independente) participa das reuniões da Coalizão Internacional dos Independentes, que começa nesta quarta-feira (14), em Berlim, como parte da programação da Feira Popkomm. A Coalizão nasceu no início desse ano com o objetivo de promover e dar visibilidade para artistas e selos independentes de todo o mundo, além de discutir estratégias comerciais, políticas e culturais. “O trabalho da Coalizão é dispor um plano que ajude os independentes de todo o mundo a superar a tirania do mercado”, explica o produtor Pena Schmidt, presidente da ABMI. “O atual nível de concentração nas mídias está sufocando a inovação e a diversidade”, diz.

Um pouco de história
A música independente brasileira vem conquistando cada vez mais espaço a ponto de ser considerada um “produto tipo exportação”. Muitos antes disso, a loja de discos Baratos Afins, nos anos 80, se encarregou de lançar de forma independente alguns dos mais criativos discos daquela década, entre eles os três do grupo Felini (referência declarada, por exemplo, de Chico Science), Akira S. e as Garotas que Erraram, Smack e Voluntários da Pátria. Além disso, Luis Carlos Calanca, dono da Baratos, também lançou preciosidades como Singin’ Alone, primeiro disco do ex-Mutante Arnaldo Baptista, e os discos do guitarrista Lanny Gordon.

Para envio de sugestões (discos, shows, etc), escreva para agenteinforma@gmail.com, colocando “7 notas” no campo “Assunto”.

Redação e edição: Alexandre Gonçalves

Reprodução permitida, desde que solicitada por email ou nos comentários.

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