A Record foi a única emissora que mostrou em detalhes, com uma câmera exclusiva, a confusão na final do handebol entre Brasil e Argentina. As demais emissoras ficaram com a transmissão oficial que trocou as imagens do rolo na quadra por imagens da torcida.
Aliás, o handebol subiu no meu conceito. De longe, nos tempos de escola, sempre foi um dos esportes mais chatos, ainda mais quando era grande a fissura por jogar um futebolzinho entre uma aula de matemática e uma de física. Mas concordo com o que disse o narrador Luciano Valle, da Band, funciona bem na TV pela agilidade do jogo (é literalmente lá e cá).
Essa “rivalidade” entre Brasil e Cub, criada a partir da derrota do vôlei feminino, extrapolou em alguns momentos nas declarações de atletas de outros esportes e no tom da cobertura da imprensa (que começou no dia seguinte, como nesta manchete da newsletter do Globo Online: “Tem que aturar: Cuba leva o ouro no vôlei”; tem que aturar?).
Casquinha: em quais modalidades os principais “cartolas” do esporte brasileiro já apareceram e em quais vão aparecer para fazer a entrega de medalhas?
Comentarista de ofício é figura rara nas transmissões do PAN. As emissoras (Globo, Record, Band e dos canais Sportv; não tenho a ESPN Brasil no meu pacote da Net) recrutaram ex-atletas como convidados/comentaristas. Muitos demonstram conhecimento e desenvoltura para exercer a função. Mas alguns se perdem pela proximidade com atletas e equipes (numa disputa do judô um convidado do Sportv soltou essa: “Ele é meu padrinho de casamento”). Não é o caso de cobrar isenção, algo quase impossível em transmissões esportivas. Mas a transmissão fica melhor quando até mesmo o comentarista-convidado prioriza análise e informação.
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