Os Beatles lendo o Financial Times na capa de um livro que, na livraria, fica posicionado longe da prateleira de música e perto, muito perto, de autores clássicos da área de gestão e negócios. A sabedoria dos Beatles nos negócios - O que a maior banda de rock de todos os tempos pode ensinar sobre estratégia e liderança, lançamento 2012 da editora Elsevier/Campus, causa um certo espanto, mas é isso aí: dá para extrair dicas interessante para gerenciar um negócio a partir de uma análise em cima da trajetória de uma banda. E no caso dos Beatles, mesmo com a barca furada da criação da própria gravadora, a Apple, dá para se inspirar pelo lado do marketing também e não apenas no sentido musical. Estratégias para produtos como Rock Band ou a venda de músicas no iTunes são prova disso.
Sobre o livro, diz o release:
Este livro é construído de forma muito dinâmica, capítulos curtos, boas idéias, prático e até mesmo divertido. Não se trata apenas de um ótimo complemento para qualquer estante dos fãs dos Beatles. É também uma excelente leitura para qualquer empresário que busca realizar bons negócios.
Os capítulos contém lições muito importantes sobre gestão dos negócios e da história dos Beatles. Trata-se de uma série de vinhetas curtas, onde um ponto da história dos Beatles é mencionado seguido por uma descrição das conseqüências de negócios e que os outros podem aprender com ele. As histórias abrangem o sucesso da banda, bem como a separação e suas causas. Cada um dos itens são de extrema relevância para diferentes tipos de negócios.
Como um livro sobre os Beatles, ele fornece as pepitas da verdade da carreira dos Beatles do começo ao fim, de como eles se uniram para se tornar um sucesso.
Não comprei o livro (ainda). Fiquei tentado não só pelos Beatles, mas porque gosto de abordagens deste tipo no segmento de economia e negócios, no qual trabalhei por quase 15 anos. É um exercício interessante para o editor e para o repórter extrair conteúdo relevante para empreendedores a partir de histórias que, a princípio, passam longe do universo empresarial. Para o leitor, uma forma divertida de aprender algo de útil sem encarar um texto maçante, com todo aquele jargão técnico.
Em 2000, produzi algo deste tipo para a revista Jovem Empreendedor. Entrevistei o John, do Pato Fu, para mostra elementos da banda que poderiam fazer a diferença na gestão de um negócio. O mote era destacar características como inovação e criatividade, que o Pato Fu tem até hoje.
Abri a reportagem assim:
A banda mineira Pato Fu, mesmo tendo sua própria produtora, não é uma empresa na concepção da palavra. Mas é como se fosse, já que na trajetória de Fernanda Takai, John Daniel, Ricardo Koctus e Xande Tamietti é possível enumerar muitos elementos típicos de qualquer negócio, como autogestão, criatividade, tecnologia, trabalho de equipe, entre outros. No entanto, seria uma comparação fácil de se fazer, não fosse por um pequeno detalhe: o Pato Fu produz música com humor e poesia, que, como toda manifestação artística, depende (e muito) de critérios subjetivos e está sujeita a todo tipo de crítica. Tanto é assim que, no início, a banda acabou sendo rotulada, de forma pejorativa, como “esquisita”, “engraçadinha” ou ainda “cópia dos Mutantes”. Ou seja, o Pato Fu tinha tudo para dar errado. Mas não deu.
Quer ler o texto completo? Quero.
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