Estou terminando a leitura de A sabedoria dos Beatles nos negócios, livro que juntou um estudioso beatlemaníano e um especialista em gestão para mostrar que é possível extrair boas ideias da trajetória de John, Paul, George e Ringo e aplicá-las no dia a dia de uma empresa. Pode parecer viagem, mas eu pessoal e profissionalmente gosto muito desse tipo de abordagem. Ajuda a fixar conceitos que nos livros técnicos soam quase sempre enfadonhos e pouco animadores.
Com os Beatles de inspiração, é outra coisa. :)
E dos capítulos todos do livro, o que trata de fluxo de receitas é que me parece mais desafiador. Os autores Richard Courtney e George Cassidy fazem um apanhado de como o dinheiro entrava no caixa da banda e no bolso de cada beatle. E destacam que Lennon e McCartney, como compositores principais da banda, tinham uma remuneração a mais e ainda conseguiam um adicional por conta das regravações, explorando o talento para compor. “Yesterday” é o maior exemplo, como a música mais regravada da história. “Something”, de George Harrison, não fica atrás em termos de gravações de terceiros e, por tabela, de retorno financeiro.
Neste contexto, os autores sugerem que “se você tiver um produto de sucesso, pense nele como uma canção. Os Beatles, à sua maneira, eram fabricantes de equipamentos para terceiros, fornecendo produtos para serem vendidos sob várias marcas das empresas compradoras no varejo. Suas canções (sejam originais ou cantadas por outros artistas) eram eventualmente embutidas em veículos de mais amplo alcance, como filmes para o cinema e para a televisão. Dessa maneira, eram lançados em mercados maiores e diferentes do que poderiam atingir por sua própria conta”.
Com esta argumentação toda, Courtney e Cassidy encerram o com duas perguntas provocativas:
1) Qual é a sua “canção”?
2) E quantas maneiras diferentes você consegue pensar em ser pago por ela?
A minha é “canção” conteúdo para internet (em tom maior), remunerado pela produção e edição de conteúdo, pela criação e gestão de projetos online, pela concepção de estratégias de uso de redes sociais, pelas palestras, por aulas...e por outras maneiras que estou listando, inspirado no que propõe o livro.
E você, já sabe qual é a sua “canção”?
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